Só deixo alguém entrar na minha vida se for para me fazer o bem...
Para acrescentar-me algo...
Caso contrário, ela se torna perfeitamente dispensável...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Clarice Lispector

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Com todo perdão da palavra, eu sou um misterio para mim.

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